Revista TH Abril / Maio 2018

A Revista Oficial da Terapia Holística • 5 Como equilibrar esse arquétipo, é uma resposta muito individual. Devemos notar qual a melhor forma de nos ajudarmos. Faça coisas por si mesmo, permita-se e aceite suas imperfeições! Jung nos explica que o arquétipo “maternal” é, simplesmente: “A mágica autoridade do feminino; A sabedoria e a elevação espiritual além da razão; O bondoso, o que cuida, o que sustenta; O que proporciona as condições de crescimento, fertilidade e alimento; O lugar da transformação mágica, do renascimento; O instinto e o impulso favoráveis; O secreto, o oculto, o obscuro, o abissal, o mundo dos mortos, o devorador, sedutor e venenoso, o apavorante e fatal.” Na mitologia indiana, teríamos a referência de Kali, que nos mostra que a mãe pode ter as duas faces: da criadora e da destruidora. Está vinculada com a Terra (Primeiro Chakra), com a água (Segundo Chakra) e é tudo aquilo que nos enraíza, nos protege, alimenta e sacia as necessidades. O maior desafio, para o arquétipo de mãe, é permitir que o que tem que ser seja. De todos os arquétipos, o da Mãe é o que temos maior facilidade de entendimento, pois é fundamental no relacionamentoque temos comnósmesmos e comavida. Profundamente enraizado dentro de nós, convivemos com ele durante toda nossa jornada. Ser uma boa Mãe para si mesmo, compreende que você pode administrar sua vida de modo saudável e feliz, significa, que você se alimenta bem e está atento às suas necessidades físicas, perceber do que precisa para se sentir seguro e protegido. Quanto mais você se cuidar, estará menos preocupadoemprocurar emoutras “mães” esse conforto, pois sabe que dentro de você tem um porto seguro. Passamos a ver o arquétipo da Mãe sob uma nova percepção, à medida que vamos nos conectando com nós mesmos como indivíduos. “ É ilusório imaginar que o homem possa dominar e controlar a natureza, se ele não foi ainda capaz de controlar e enxergar a sua própria natureza .” Carl Gustav Jung Levando isso em conta, podemos entender que a partir do momento que, se aprendemos a amar e respeitar essa parte “Mãe”, seremos plenos. Se esse arquétipo está na Sombra, podemos nos sentir incompetentes como indivíduos, mães ou gestoras e não aceitar que nossos projetos sigam outros rumos que não previamente traçados por nós. Então, a primeira necessidade que temos que suprir é cuidar de nós, de nutrir nosso amor, estar em sintonia com nós mesmos, notando o que é preciso para mantermos o equilíbrio. Muitas vezes na Sombra, pode promover uma pessoa ineficaz, controladora, exigente, manipuladora e indutora de culpa, não se importa com o seu próprio eu, família ou negócio.

RkJQdWJsaXNoZXIy MTUyMjQy