Revista TH Outubro / Novembro 2018
A Revista Oficial da Terapia Holística • 15 Penso nos livros que li, nas histórias que vivi e em todos que me iluminam a vida e dos que ainda irei passar algum conhecimento. Faço o convite, para você me visitar nessa casinha, farei uma breve apresentação do Arquétipo da Anciã, sinta-se em casa e boa leitura! A anciã muitas vezes, é vista como a mais velha, sábia, que já está encerrando ciclos, a transmissora das verdades, da sabedoria. Um arquétipo, que podemos vivenciar em qualquer fase da nossa vida. Temos diversas literaturas, mitos e símbolos desse arquétipo. Conhecemos os mitos de Hécate, Kali,Cailleach,Sofia,NanãeClitemnestra, exemplos esses bem característicos do arquétipo da Anciã/Matriarcado. Acredito que devemos que realizar esse resgate do ancestral, dos nossos Deuses Interiores, ter essa conexão conosco, nos mais diferentes arquétipos que podemos exercer no nosso dia a dia e em fases da vida. Anciã, simboliza a senhora da sabedoria, conhece o oculto, ligada a magia (mistérios e entendimento dos processos naturais). Regendo as mortes, que nada mais são que transformações, mudanças, novos ciclos. Algumas pessoas aceitam essas mudanças, então se alinham com a sua ancestralidade, alguns ainda resistem a essas transmutações. A ancestralidade, ligada a esse arquétipo é muito forte. Participa da criação, nos nutre com seu empenho e dedicação, e nos recebe na morte (encerramento de ciclos), a fim de nos preparar para uma nova jornada. Algumas vezes pode se sentir rancoroso ou vingativo, quando se sente destronado, colocado de lado. Porém também pode nos ajudar a encontrar um aspecto feminino mais intenso e preparado. Um dos arquétipos que mais me fascina seria da Nanã, que nas religiões de matrizes africanas, se apresenta como uma entidade que participou da criação do mundo, que presenciou e foi ativa na criação de tudo, e é apresentada, agora, como a Anciã. Em vários contos, ela é representada como a junção da água e terra, nos dando o barro, ou seja o poder de criação. Com isso em mente, podemos fazer a conexão com nutrir uma relação ou um trabalho. A serenidade de realizar essa tarefa com primor e a contento, a satisfação de produzir algo com seus próprios desejos e empenho. Esse arquétipo, domina o fim da maternidade (criação), representando então encerramento de ciclos, e o início de um outro tipo de maturidade. A conclusão da fertilidade, não é somente da reprodução, mas de se manter fértil, seja para executar tarefas do dia a dia, seja para educar filhos ou quem sabe para ajudar os demais. Uma pessoa fértil é a que nutri, que mantém ativa o “solo” que desejou plantar.
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