Revista TH Dezembro / Janeiro - 2018 / 2019
6 • O maior debate sobre arteterapia está nas separações bem distintas: Arte em terapia ou Arte como terapia, Janie Rhyne, notória Arteterapeuta, defendia que o valor terapêutico está tanto no processo de criação, quanto nas possíveis reflexões e elaborações sobre os trabalhos realizados. Seja na abordagem da Arte como terapia ou em terapia, não podemos negar que se tornou uma grande ferramenta à psicoterapia, a importância de observação da singularidade de cada um, pela linguagem simbólica e análise da mesma. Podemos verificar, que o ser humano é capaz de perceber, figurar, reconfigurar suas relações consigo e com os outros. A Sinergia, da arte com a psicoterapia, na junção do processo analítico da pessoa, como a sua forma de se expressar, da integração do estudo com o lúdico. E o mais importante de uma fonte de aprendizado sobre si mesmo. Máscara e Persona O simbolismo da máscara, varia em diversas culturas e costumes. É um adereço, que pode ser utilizado como fachada, um disfarce, artístico e até mesmo religioso. Pode esconder ou revelar uma identidade, e quem sabe até transmutá-la. A máscaras transitam, pela história humana desde muito tempo. No teatro grego, normalmente utilizadas no teatro, como uma forma de representar as entidade mitológicas. No oriente, em Bali, elas representam o bem e mal, quando estão duelando. No carnaval, as máscaras invertem os papéis e não mais escondem as tendências mas sim as expõem. Para os balineses, chineses e africanos, as máscaras não devem ser manipuladas de modo descuidado. Elas possuem usos rituais, motivo pelo qual devem receber cuidados especiais. No Egito Antigo nas máscaras funerárias, os olhos eram furados nas máscaras simbolizava o nascimento da alma do morto no outro mundo. Como mencionado anter iormente, a arteterapia andará muito próxima da psicoterapia, razão pela qual precisamos revisitar o conceito de Persona, fazendo a ponte da pintura proposta, com essa máscara social. Persona, uma palavra derivada do Latim, significa máscara literal. Já no âmbito analitico, significa as “máscaras que todos vestimos para nos sustentarmos em âmbito social. “Persona é uma espécie de máscara, projetada por um lado, para fazer uma impressão definitiva sobre os outros, e por outro, dissimular a verdadeira natureza do indivíduo”. – C. G. Jung. As máscaras são símbolos de identificação. Por apropriação “mágica”, seja na aparênc i a e/ou comportamentoepoderes, o usuário desperta de si as características que projetava na figura representada. Ferramenta de adaptação, recurso de defesa psíquica, todos nos mascaramos em nosso dia-a-dia e o único e verdadeiro risco é o de se apegar aos papéis que exercemos.
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