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4 de junho de 2014 às 18:31 #2187
SIRLENE DE OLIVEIRA SOUSA
BloqueadoFreud interpretou a grande maioria dos mitos como projeções de motivos humanos, instintivos, emocionais, que sempre encontrava em seus pacientes, destacando-se os temas do nascimento e morte, de conflitos de amor e ódio dentro da constelação familiar, ressaltando aqui, como na psicologia individual, o papel do Complexo de Édipo.
Freud, em seu artigo ‘Algumas consequências psíquicas da distinção anatômica entre os sexo’ (1925), retifica a, inicial, de uma simetria no Édipo da menina e do menino. Até aquele momento, as análises que fazia da vida sexual das crianças, partiam do menino, com a suposição de que para a menina as coisas aconteciam da mesma forma. Ele observa que é no momento do complexo de Édipo que a diferença entre os sexos encontra expressão psicológica pela primeira vez. Dessa forma, existem particularidades no Édipo da menina que não podem ser ignoradas. Essa mudança é abordada em outros textos como ‘Sexualidade feminina’ (1931), ‘Conferência XXXIII das Novas Conferências Introdutórias’ (1933) e no Cap. VII do ‘Esboço de Psicanálise’ (1940).
O Édipo irá nos orientar quanto às duas questões fundamentais da identidade sexual humana, e, como as pessoas tornam-se neuróticas.
O Falo (articulado por Lacan), tanto para homens, quanto para mulheres, é uma ilusão, a castração, tão somente imaginação inconsciente das crianças e dos Neuróticos.
Fixados em suas fantasias neuróticas infantis, vive sobe ameaça de serem castrados – privados de algo muito importante, vital. Todas as relações afetivas são vividas de forma defensiva, sempre alerta a qualquer sinal (imaginário) de abuso ou humilhação daqueles dos quais dependem e de quem não gostaria de depender, de forma alguma. O conflito entre o desejo de ser seduzido e o medo de sê-lo; o medo de entrega x prazer e o medo de experimentar.
A Neurose resulta de uma sexualidade infantil perturbada, interrompida em sua maturidade, ou inibida. O prazer erótico apodera-se da criança pequena, bastando que para isso um dos pais seja mais carinhoso, mais doce, mais amável que de costume para que o pequeno sujeito sinta nesse excesso de ternura um estímulo erógeno e um prazer sexual muito intenso, que se transformará em um sofrimento neurótico que atormentará o homem ou a mulher adulta.
“O Édipo é uma fantasia de sedução na base da identidade sexual de todo homem e de
toda mulher; uma fantasia de prazer e de angustia”[ Édipo – O Complexo Do Qual Nenhuma Criança Escapa –J. D. Nasio – Zahar Editora – 2005] -
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